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domingo, 30 de junho de 2013
domingo, 23 de junho de 2013
sexta-feira, 21 de junho de 2013
ODE Á VIDA
Toda a noite
com um machado
a dor me feriu,
... mas o sonho
passando lavou como uma escura água
ensanguentadas pedras.
Hoje estou vivo novamente.
De novo
te levanto,
vida,
sobre os meus ombros.
Ó vida,
taça cristalina,
de súbito
enches-te
de água suja,
de vinho morto,
de agonia, de desgraças,
de pegajosas teias de aranha,
e muitos crêem
que guardarás para sempre
essa cor infernal.
Não é verdade.
Uma noite lenta passa,
passa um só minuto
e tudo muda.
Enche-se
de transparência
a taça da vida.
Um longo trabalho
nos espera.
De um só golpe nascem as pombas.
Se engendra a luz sobre a terra.
Vida, os pobres
poetas
julgaram-te amarga,
não saíram da cama
contigo
com o vento do mundo.
Sofreram os amargores
sem te procurar,
barricaram-se
num negro tugúrio
e foram-se atolando
no luto
dum solitário poço.
Não é verdade, vida,
és
bela
como a minha amada
e tens entre os seios
odor a menta.
Vida
és uma máquina plena,
felicidade, rumor
de tempestade, ternura
de delicado azeite.
Vida,
és como uma vinha:
amealhas a luz e reparte-la
em cacho transformada.
Aquele que te renega
que espere
um minuto, uma noite,
um ano curto ou longo,
que saia
da sua mentirosa solidão,
que indague e lute, junte
as suas mãos a outras mãos,
que não adopte nem proclame
a má-sorte,
que a estilhace dando-lhe
forma de muro,
como à pedra fazem os canteiros,
que a corte
e dela faça
umas calças.
A vida espera
todos aqueles
que amam
o selvagem
odor a mar e a menta
que ela tem nos seios.
PABLO NERUDA
APocalipse
Apocalipse já
Este é o fim
Belo amigo
Este é o fim
Meu único amigo, o fim
Dos nossos elaborados planos, o fim
De tudo que permanece, o fim
Sem salvação ou surpresa, o fim
Eu nunca olharei em seus olhos...de novo
Você pode imaginar o que será?
Tão sem limites e livre
Precisando desesperadamente...da mão de algum de estranho
Numa terra desesperada?
Perdido numa romana...imensidão de dor
E todas as crianças estão loucas
Todas as crianças estão loucas
Esperando a chuva de verão, sim...
Este é o fim
Belo amigo
Este é o fim
Meu único amigo, o fim
Dos nossos elaborados planos, o fim
De tudo que permanece, o fim
Sem salvação ou surpresa, o fim
Eu nunca olharei em seus olhos...de novo
Você pode imaginar o que será?
Tão sem limites e livre
Precisando desesperadamente...da mão de algum de estranho
Numa terra desesperada?
Perdido numa romana...imensidão de dor
E todas as crianças estão loucas
Todas as crianças estão loucas
Esperando a chuva de verão, sim...
quinta-feira, 20 de junho de 2013
quarta-feira, 19 de junho de 2013
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